segunda-feira, 30 de novembro de 2009

20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra


Essa data foi escolhida em homenagem ao principal lider na luta contra a escravidão no Brasil Colinal, Zumbi dos Palmares, que foi assassinado em 20 de Novembro de 1695. Data escolhida pelo Movimento Negro Unificado no ano de 1978.
A data tem como objetivo relembrar a resistência do negro contra a escravidão e reivindicar direitos à população negra.

Hip Hop


O mês de Novembro é o mês de comemoração do surgimento do Movimento Hip Hop. Nos anos de 1960 e 1970 os bairros periféricos das cidades estadunidenses, formada em sua maioria por afro-americanos e latinos, estavam sofrendo com a violência das gangues.
Especificamente no bairro do Bronx, cidade de Nova Iorque, no dia 12 de Novembro de 1973 o Dj Afrika Bambaataa, ex integrante da gangue Savage Sevem (Sete Selvagem), funda a Universal Zulu Nation (uma organização não-governamental) ,com a intenção de reunir jovens que praticavam e participavam de atividades artísticas e culturais nas ruas dos guetos , atividades essas que eram o: breack (dança de rua); ,grafite (arte expressada nos muros em sua maioria feita com tinta spray) ,dj (disquei jóquei que tira o som dos toca-discos) e o mc (mestre de cerimônia que da voz ao protesto e improviso nas rimas). Elementos esses que eram praticados, mas não reunidos, pelos jovens negros e latinos dos guetos. Através da reunião desses elementos num mesmo espaço Afrika Bambaataa e outros idealizadores do Movimento Hip Hop começou a passar mensagens de não violência, união, protestos contra o racismo e reivindicação de direitos. Com isso tentava mudar o cenário de conflitos entre as gangues e mostrar que os inimigos não estavam ali nos guetos e sim fora deles.
Um ano após a fundação da Universal Zulu Nation, 12 de Novembro de 1974 comemora-se o dia do Movimento Hip Hop.
Afrika Bambaataa acrescentou o 5º elemento no Movimento Hip Hop, que é a consciência.
O Movimento Hip Hop que surgiu nos guetos de Nova Iorque é expandido para outras cidades dos EUA, chega ao Brasil nos anos 1980 e é praticado hoje em dia no mundo inteiro.




quinta-feira, 1 de outubro de 2009

2 de outubro de 1992 - 17 anos...



Há 17 anos, ocorreu um massacre no ex-maior presídio da América Latina a “Casa de Detenção”, na cidade de São Paulo. 111 detentos foram assassinados covardemente. Cometeram crimes, mas estavam pagando pelo o que fizeram. Santos eles não eram, mas estavam cumprindo pena, privados de sua liberdade. Não só no ex-Carandiru, como em outros presídios, o ideal seria reeducar o detento para voltar para o convívio da sociedade, mas a realidade é outra, as cadeias não dão condições nenhuma para o detento se recuperar. Essa recuperação é alcançada das poucas das vezes pelo apoio das famílias, pela força de vontade do próprio preso ou através da religião.
Essas 111 vidas tiradas num domingo de outubro, no ano de 1992,é símbolo de um sistema opressor, onde você vale o que têm.

Abaixo segue um texto de uma pesquisa realizada por Sandra Carvalho e Evanize Sydow.
: “Massacre do Carandiru, Chega de Impunidade”, elaborado pela Comissão Organizadora de Acompanhamento para os Julgamentos do Caso do Carandiru
“Se minha intenção fosse matar, teriam morrido muito mais de 111.” As palavras são do coronel Ubiratan Guimarães, que comandou o massacre da Polícia Militar no Presídio do Carandiru, em São Paulo, em outubro de 1992. Ubiratan foi considerado culpado pela morte de 102 pessoas e por tentativa de homicídio contra outras cinco. A pena: 632 anos de prisão em regime fechado. O coronel foi condenado a seis anos de prisão por cada morte. Foram 4 votos a favor da condenação e 3 contra.
Durante o julgamento, que começou no dia 20 de junho de 2001, o coronel disse que o objetivo era acabar com a rebelião. Depois de ser questionado duas vezes, ele confirmou ter permitido a entrada de metralhadoras no Pavilhão 9 da Casa de Detenção pelas mãos dos policiais militares. Ressaltou, no entanto, que as metralhadoras fazem parte do armamento da tropa.
Laudos de 23 médicos legistas que examinaram os corpos das vítimas mostram o disparo de 515 projéteis (Folha de S.Paulo, 21/6/2001).
Em depoimento durante o julgamento, o ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho disse que Ubiratan agiu corretamente. “O coronel Ubiratan Guimarães recebeu uma ordem legítima e agiu corretamente. Se tivesse no meu gabinete na época, teria autorizado e autorizaria hoje, mesmo sabendo das conseqüências.” (O Estado de S.Paulo, 22/6/2001)
Ubiratan Guimarães pôde recorrer da sentença em liberdade, já que é réu primário, compareceu a todas as etapas do processo e tem endereço fixo. Seu advogado, Vicente Cascione, entrou com recurso na madrugada de 30 de junho deste ano. Esta foi a maior condenação da história da Justiça brasileira. Mesmo se confirmada a sentença, o coronel só cumprirá 30 anos de prisão, pena máxima no Brasil. O Tribunal de Justiça não decidiu se irão a júri os outros 105 policiais acusados no massacre do Carandiru.

A maior chacina da história das penitenciárias brasileiras

Na manhã do dia 2 de outubro de 1992 os presidiários da Casa de Detenção do Carandiru jogavam futebol. Durante o jogo entre o time da turma da alimentação e o time dos encarregados da faxina, ocorreu um desentendimento entre dois detentos causado pela disputa de espaço no varal do segundo pavimento do pavilhão 9. “Barba” pendurava sua roupa no varal quando foi provocado verbalmente por “Coelho”. “Barba” acertou um soco em “Coelho”. Este, por sua vez, utilizou um pau que escorava a corda do varal, atingindo “Barba” na cabeça, que foi socorrido por agentes penitenciários, sendo levado para a enfermaria. “Coelho” foi agredido por agentes penitenciários e levado embora. O portão que dá acesso ao segundo pavimento foi trancado pelos guardas. Os presos reagiram, que­ braram a fechadura e iniciaram o tumulto. Um amigo de “Barba” considerou a agressão covarde e desafiou um comparsa de “Coelho” para brigar. Um agente penitenciário tenta apartar, mas é ameaçado por outros detentos, que querem que a briga continue. O tumulto cresce. O sentinela PM Leal vê o agente penitenciário no meio do grupo e, mirando o fuzil, ordena que soltem o carcereiro. Um outro agente penitenciário grita para que o alarme seja acionado. O alarme soa. Pelo telefone da guarita, o PM Leal comunica o Batalhão da Guarda e alerta que há rebelião no Pavilhão 9. Às 13h50, carcereiros tentam, sem sucesso, conter as brigas entre os presidiários. Não há possibilidade de fugas dos detentos, não há reféns e tão pouco reivindicações por parte dos presos. Às 14h, os carcereiros haviam abandonado o local. O pavilhão 9 estava controlado pelos presos para o acerto de contas entre eles. Na gíria carcerária, “a casa virou”.
O Coronel Ubiratan Guimarães, Comandante do Policiamento Metropolitano tomou conhecimento dos acontecimentos na Casa de Detenção por meio do rádio do Comando de Policiamento (Copom), que havia sido avisado pelo Ismael Pedrosa, Diretor da Casa de Detenção. Dirigiu-se ao local e foi informado sobre a situação. Ubiratan Guimarães pede auxilio ao Comando do Policiamento de Choque de São Paulo, Tenente Coronel PM Luiz Nakaharada, que envia reforço. O coronel Ubiratan se reúne também com os juizes Ivo de Almeida e Fernando Antônio Torres Garcia para avaliar a situação. Ubiratan conversa por telefone com o então Secretário de Segurança Pública, Pedro Franco Campos, que entra em contato com o Governador do Estado de São Paulo, Luis Antônio Fleury Filho. Às 14h51, avalia-se que a situação é grave e é oficializada a passagem do comando da decisão para a Polícia Militar. Autoridades superiores a Ubiratan avaliam a necessidade de uma invasão à Casa de Detenção. Às 15h30, a tropa de choque, sob o comando do coronel Ubiratan, estaciona do lado de fora da muralha.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, apesar do grande tumulto e de sinais de fogo, não havia perigo de fuga. Com a chegada da Polícia Militar, os presos começaram a jogar estiletes e facas para fora, demonstrando que não resistiriam à invasão. Alguns colocaram faixas nas janelas, indicando um pedido de trégua.
As autoridades reunidas decidem que, antes da invasão do pavilhão 9, o diretor da Casa de Detenção, com um megafone, iria tentar uma última negociação. Entretanto, soldados do Grupo de Ações Táticas Especiais quebram o cadeado e correntes do portão do pavilhão 9, enquanto o coronel Ubiratan se reúne com os coman­dantes dos 1º, 2º e 3º Batalhões de Choque da Polícia Militar. Não houve negociação alguma. As tropas da Polícia Militar afastaram Ismael Pedrosa do caminho e, às 16h30, invadiram o pavilhão 9 sob o comando e instrução de Ubiratan Guimarães, ação que seguiu até as 18h30. Trezentos e vinte cinco policiais militares ingressaram no pavilhão 9 sem as respectivas insígnias e crachás de identificação.
Depois da tomada do térreo, sem resistência ou reação com armas de fogo por parte dos presos, segundo o depoimento dos próprios policiais envolvidos na ação, exceto o depoimento do coronel Ubiratan, os policiais partiram para os andares superiores. Não foi permitida a presença de autoridades civis durante a invasão. A maioria dos presos refugiou-se nas suas celas, onde muitos deles foram mortos.
Os PMs dispararam contra os presos com metralhadoras, fuzis e pistolas automáticas, visando principalmente a cabeça e o tórax. Na operação também foram usados cachorros para atacar os detentos feridos. Ao final do confronto foram encontrados 111 detentos mortos: 103 vítimas de disparos (515 tiros ao todo) e 8 mortos devido a ferimentos promovidos por objetos cortantes. Não houve policiais mortos. A ação resultou, ainda, em 153 feridos, sendo 130 detentos e 23 policiais militares.

Maioria das vítimas não tinha sido condenada
Oitenta por cento das vítimas do Carandiru ainda esperavam por uma sentença definitiva da Justiça, ou seja, não tinham sido conde­nados. Só nove presos haviam recebido penas acima de 20 anos. Quase a metade dos mortos – 51 presos – tinha menos de 25 anos e 35 presos tinham entre 29 e 30 anos. Em 2 de outubro de 1992, 66% dos detentos recolhidos na Casa de Detenção eram condenados por assalto. Os casos de homicídios representavam 8%.

A cena do crime
Imediatamente após o massacre, os policiais militares modificaram a cena do crime, destruindo provas valiosas que teriam possibilitado a atribuição de responsabilidade pelas mortes a indivíduos específicos. O acesso de civis aos andares superiores do Pavilhão 9 ficou impedido, enquanto a PM dava ordens aos detentos para que removessem os corpos dos corredores e celas a fim de empilhá-los no 1° andar. As atividades da perícia foram dificultadas pela quantidade de cadáveres e pela faxina feita no presídio pelos policiais militares e a remoção ilegal dos corpos ordenada pelos oficiais.
A perícia policial chegou ao local às 21h30 do dia 2 de outubro e procedeu ao exame técnico do térreo e do 1° andar, tendo observado indícios de fogo e uma barricada no andar térreo. No 1° andar, encontrou de 80 a 85 corpos empilhados no corredor. Os corpos não foram fotografados individualmente. A perícia só voltou ao local do crime uma semana depois.
A perícia concluiu que só 26 detentos foram mortos fora de suas celas. Os presos mortos foram atingidos na parte superior do corpo, em regiões letais como cabeça e coração. Os exames de balística informam que os alvos sugerem a intenção premeditada de matar. Um detento tinha 15 perfurações de disparos de arma de fogo no corpo. No total entre os 103 mortos, a cabeça foi alvo de 126 balas, o pescoço alvo de 31, e as nádegas levaram 17 balas. Os troncos tiveram 223 tiros. Os laudos periciais concluíram que vários detentos mortos estavam ajoelhados, ou mesmo deitados, quando foram atingidos. Diante de tamanha violência, muitos detentos se jogaram sobre os corpos que estavam no chão, fingindo-se de mortos para conseguir sobreviver.
A Polícia Militar afirmou que os detentos tinham armas e apre­sentou dezenas de armas brancas e 13 armas de fogo. O informe balístico informou que “todas as armas apresentam em suas superfícies sinais de oxidação normalmente encontrados em condições de armazenagem em ambientes inadequados”. Essas informações levam a acreditar que as armas foram “plantadas”. A tese de que houve confronto armado entre policias militares e detentos não é sustentada pelas provas dos autos do processo. A legítima defesa alegada pela cúpula da Polícia Militar não tem fundamento nos fatos. O laudo do Instituto de Criminalística concluiu: “Em todas as celas examinadas, as trajetórias dos projéteis disparados indicavam atirador (es) posicio­nado(s) na soleira das celas, apontando sua arma para os fundos ou laterais (...) Não se observou quaisquer vestígios que pudessem denotar disparos de armas de fogo realizados de dentro para fora das celas, indicando confronto entre as vítimas-alvo e os atiradores postados na parte anterior da cela”. O relatório de criminalística termina com a afirmação de que não fora possível elaborar conclusões mais profundas porque “(...) o local dava nítidas demonstrações de que fora violado, tornando-o inidôneo para a perícia”.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Parabéns Pavilhão Nove! 19 anos com o SCCP!




Em 09 de Setembro de 1990 foi fundado o G.R.C.S. Bloco Torcida C. D. Pavilhão Nove Garra Corintiana.

A torcida nasceu de um trabalho social realizado na Casa de Detenção do Carandiru, por um grupo de amigos, jovens torcedores do Corinthians, que formavam um time e promoviam um jogo de futebol beneficente contra times de detentos. E no final dos anos de 1980 o grande vencedor dos campeonatos internos da detenção era o Corinthians do Pavilhão Nove, onde só jogava quem era Corintiano.

A idéia de criação de uma torcida organizada foi aos poucos amadurecendo e em 09 de setembro de 1990 oficializou-se a fundação da entidade, denominada Pavilhão Nove.

Esses jovens torcedores Corintianos vendo a homenagem daqueles detentos com o Corinthians, decidiram por o nome da organizada de"C. D. Pavilhão Nove Garra Corintiana". Este grupo, através de rifas, contribuições e promoções esportivo-culturais, passou a arrecadar recursos para a confecção de faixas e bandeiras que divulgassem a sua filosofia nos estádios em jogos do Corinthians.

O Pavilhão Nove além de torcida organizada, é uma entidade para a difusão do esporte, da cultura e do social, principalmente entre a população de baixa renda da periferia de São Paulo. É um grêmio recreativo, cultural e social e também é um bloco carnavalesco.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

SCCP 99 anos - Parabéns Corinthians!!!


Em 1º de setembro de 1910 sob a luz de um lampião no bairro do Bom Retiro, cinco operários: Joaquim Ambrósio, Carlos da Silva, Rafael Perrone, Antônio Pereira e Anselmo Correia se reuniram com mais oito rapazes e fundaram o Sport Club Corinthians Paulista.Em uma reunião decidiram nomear o alfaiate Miguel Bataglia como o 1º presidente do clube. Este que anunciou a seguinte frase: " O Corinthians vai ser o time do povo e o povo é quem vai fazer o time".Parabéns Corinthians pelos seus 99 anos de história com muitas lutas e conquistas.